domingo, 31 de janeiro de 2010

Palavras que se desencontram

você é nojento. começou ela a dizer. não entende nada da vida e nada de si mesmo. você faz uma imagem de si cristalizada. quão errado está! como poderia eu achar que viria um dia a me entender?
você é uma vadia. disso eu entendo bem! vem pra cá que eu encontro uma forma de calar a sua boca.
idiota! enfia esse seu pau de merda em qualquer coisa que ande e que curta um graveto entrando e saindo!
sua puta do caralho. acha que eu não sei que você anda levando umas por aí, não? só continuo contigo pra não perder a trepada toda noite. sua puta.
ah, é que tu gosta, né? há.
é, nada como a sensação de gozar na tua cara de porca.
quer saber? cansei. você não tem futuro. é burro pra cacete. serve nem pra ser lixeiro. preguiçoso. acha que a vida boa vai continuar caindo do céu. isso, senta mesmo no sofá, pega teu cigarro, pega tua pinga. não se esqueça dos aperitivos, do pornô. bate uma, que eu me vou. tá vendo essa cabeça? ela pensa. ela sabe pra onde vai.
pra dentro da minha calça.
ah, vai te foder! a tua cabeça não cabe em lugar algum de tanto chifre.
ih, estamos na mesma então.
é. igualdade dos sexos. única coisa que tu defende que não é baboseira.
vai logo, que essa sua frescura de vai, não vai tá me enchendo. não vou pedir para que você fique, se é isso que acha que vou fazer. biscate da porra, vai logo.
mas é um arrogante de merda. acha que tá podendo assim? eu vou mesmo. quem gosta de perder tempo é você.

ela se retirou, raivosa. ele ficou pensativo. ela ficou pensativa. ele se viu raivoso.

que merda, eu não devia ter ido.
que merda, ela não devia ter ido.

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